- 29 de julho de 2021

Conheça as Últimas Tendências do Mercado de Bioinsumos para Produção Orgânica

A natureza já tem tudo que o ser humano precisa para viver bem e em equilíbrio. Os bioinsumos são apenas uma amostra do que a nossa biodiversidade tem para oferecer, principalmente no Brasil, que tem a maior biodiversidade do mundo, com cerca de 103 mil espécies de animais e 43 mil vegetais. Por que não utilizar isso a favor da nossa agricultura?

É possível sim, fazer uma agricultura orgânica voltada para o desenvolvimento sustentável. Através da pesquisa, do uso da fauna e da flora contra pragas e doenças, da fertilidade do solo, do processamento e pós-colheita, da agricultura, pecuária, do sistema florestal e até da apicultura, esse caminho pode ser percorrido.

A tecnologia de bioinsumos não só serve para os agricultores orgânicos, como para todos os agricultores brasileiros, que busquem formas eficazes e menos agressivas de produção. A diversidade de bioinsumos é capaz de atender qualquer um dos modelos de produção.

Você sabe o que são bioinsumos?

Essas maravilhas da sustentabilidade, são produtos de origem microbiana, vegetal ou animal, que ajudam a lavoura a combater as pragas ou aumentar a fertilidade de forma natural. E a boa notícia é que o Brasil ainda tem muito espaço para aprimorar essa utilização e conquistar espaço, tanto nessa forma consciente de produzir, como na fatia de mercado dos produtos orgânicos que só cresce.

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Confira a diversidade de produtos que podem ser conhecidos como bioinsumos

São eles:

  • Inoculantes;
  • Promotores de crescimento de plantas;
  • Biofertilizantes;
  • Produtos para nutrição vegetal e animal;
  • Defensivos biológicos;
  • Produtos fitoterápicos, entre outros.

Também são considerados bioinsumos:

  • Produtos veterinários
  • Produtos para Alimentação Animal
  • Produtos Pós-colheita

Confira a diversidade de produtos que podem ser conhecidos como bioinsumos

O Decreto Nº 10.375, de 26 de maio 2020 instituiu o Programa Nacional de Bioinsumos – esse programa tem como objetivo ampliar a adoção dos bioinsumos na agricultura brasileira.

De acordo com esse decreto, bioinsumos são tecnologias de origem vegetal, animal ou microbiana, destinadas ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários, que interfiram positivamente no crescimento, no desenvolvimento e no mecanismo de resposta de animais, de plantas, de microrganismos e de substâncias derivadas e que interajam com os produtos e os processos físico-químicos e biológicos.

Confira a diversidade de produtos que podem ser conhecidos como bioinsumos

Os bioinsumos sempre estiveram entre nós, presentes nas pequenas e médias propriedades agrícolas, porém, com o avanço desses produtos, os bioinsumos entraram em expansão no mundo todo.

Atualmente, são mais de 580 produtos registrados disponíveis no país destinados a combater mais de 100 pragas e plantas invasoras e ampliar a absorção de nutrientes, favorecendo o crescimento de inúmeras espécies vegetais. Toda essa movimentação e avanços tem chamado a atenção do mercado e de investidores.

Bioinsumo proporciona tolerância à seca em plantas de milho.

O Decreto Nº 10.375, de 26 de maio 2020 instituiu o Programa Pesquisas da Embrapa Meio Ambiente em parceria com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola, resultando na criação de um bioinsumo inovador capaz de aumentar a resiliência das plantas de milho durante períodos de estresse hídrico.

O Auras, como foi nomeado comercialmente, contém a rizobactéria Bacillus aryabhattai extraída das raízes do mandacaru (Cereus jamacaru), capaz de promover o crescimento das raízes das plantas e produzir substâncias que as hidratam durante períodos de seca.

Bioinsumo proporciona tolerância à seca em plantas de milho.

O bioinsumo é fruto de 12 anos de pesquisa na biodiversidade do semiárido brasileiro e é o primeiro produto comercial registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com esta finalidade, podendo evitar perdas de 6 a 8 sacos de milho por hectare durante a seca.

De acordo com a NOOA, o inoculante será utilizado em 1% das áreas plantadas com milho logo no primeiro ano e a previsão é de atingir 10% ainda nos primeiros 5 anos, expandindo para outras culturas no futuro, como soja e trigo. Na opinião do presidente da empresa, Claudio Nasser, “O foco das soluções para o setor agrícola tem que ser nas causas e não no tratamento dos sintomas”.

A imensa biodiversidade brasileira, aliada ao programa de bioinsumos do MAPA tem apresentado novas normas de como manejar a produção de alimentos no país, trazendo alternativas aos manejos fitossanitários convencionais e facilitando cada vez mais a produção orgânica.

O que são Feromônios?

Feromônios são semioquímicos (sinalizadores químicos) de atuação entre indivíduos da mesma espécie.
Na agricultura emprega-se os feromônios para o manejo de insetos-pragas, no monitoramento com armadilhas ou no controle, através das técnicas de coleta massal, atrai-e-mata ou confusão sexual.

Monitoramento: através da captura de insetos nas armadilhas com feromônios é possível determinar ausência, presença ou flutuação populacional de determinada espécie praga na área monitorada, o que auxilia o produtor na tomada de decisão sobre o manejo adequado da praga.

Também utilizado em programas de monitoramento de pragas quarentenárias, permite que se identifique a ocorrência de um determinado inseto em áreas livres do mesmo, o que contribui com o controle de entrada de insetos em uma região.

Como manusear o feromônio?

No Manejo Integrado ou Produção Integrada, o monitoramento permite o manejo adequado da praga ou o atestado de área livre de uma espécie alvo, facilitando principalmente a exportação de produtos, como frutas por exemplo.

Coleta Massal: técnica de controle de pragas através da captura de grande quantidade de insetos e consequente redução populacional. Os feromônios aplicados são os de agregação, que atraem tanto fêmeas quanto machos. Método bastante utilizado para coleópteros, dispensa o uso de inseticidas.

Atrai-e-mata: Quando utilizado juntamente a um inseticida o feromônio promove uma potente atração de uma praga específica, aumentando a chance de contato do inseto com o inseticida, o que aumenta seu potencial de controle. Além de que a aplicação localizada impede que o inseticida químico atinja o ambiente e o produto a ser colhido.

Feromônio em manejo de pragas

Confusão sexual: Os insetos machos, para localizarem as fêmeas, seguem o rastro de feromônio liberado por elas, encontrando-as finalmente para o acasalamento.

A distribuição de vários pontos de liberação de feromônio em uma área satura o ambiente daquele feromônio e impede que o macho encontre a fêmea. Sem se acasalarem, a população do inseto decresce, controlando a população. A técnica emprega feromônios sexuais e é aplicada no mundo todo, principalmente no controle de lepidópteros.

Os feromônios são ótimas ferramentas para o manejo de pragas, não afetando organismos benéficos, possuem baixa toxicidade e geralmente são dispostos em liberadores seguros, sendo assim pouquíssimo manipulados pelo trabalhador do campo, além de não entrar em contato direto com a cultura.

Como está o mercado de bioinsumos?

Só no Brasil, o mercado de bioinsumos foi responsável, em 2019, pela movimentação de R$675 milhões, segundo dados da Croplife Brasil, associação que representa o setor, crescimento da ordem de 15% em relação a 2018, e acima da média estimada de crescimento internacional.

A utilização dos bioinsumos já ultrapassa 50 milhões de hectares que recebem os mais diversos tipos de produtos biológicos para controle de pragas e doenças, assim como para melhorar o desenvolvimento de plantas.

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